Serra da Freita
A vida não se alimenta com o simples decurso do tempo. Necessita de estados de alma que se conquistam pelo alcançar de momentos de satisfação, beleza ou diferença. Estes estados de intrínseca plenitude, para mim feitos de coisas simples, raramente surgem por acaso. É essencial buscá-los ou, pelo menos, estar-se atento e apreendê-los assim que surjam. Num frio fim de semana em Janeiro, decidi que a vida não me haveria de encontrar no sofá lá de casa e, desta sorte, a Serra da Freita entregou-me paisagens que, por aquele instante, me fizeram sentir que as coisas más da vida são muito, ou mesmo totalmente, irrelevantes.