A Confissão de Matvei

Introversões exteriorizadas.

29 dezembro 2005

Faca Na Água

A pretexto do que dizem ser o espírito natalício, fui brindado com uma trilogia de Roman Polanski. Faca Na Água, Repulsa e O Beco. Não sendo dos meus realizadores venerados, sempre gostei dos seus filmes. Não tinha ainda visionado nenhum dos três que compõe esta edição. Entretanto, encontrei espaço para ver Faca Na Água. É a primeira longa-metragem de Polanski. Rompeu com o conceito polaco de cinema de responsabilidade social e moral. Cortou com o mote do intervencionismo social ao relatar uma história banal, um mind-games triangular entre um casal burguês e um hitchhiker, a bordo de um pequeno veleiro. Do filme sobressai a fotografia. Deslumbrante. A preto e branco. Do melhor que o cinema alguma vez nos ofereceu. E sem grandes artefactos. Com a simplicidade das coisas boas.

15 dezembro 2005

Johannes Vermeer

View of the Delft
Neste dia 15 de Dezembro, em 1675, faleceu Vermeer; pobre e anónimo, segundo dizem.
Para a posteridade, eternizadas, ficam as suas obras. A que seleccionei é uma entre muitas pérolas (como a do brinco da rapariga...). Admiro diariamente estas cores no espaço do meu escritório desde uma visita feita a Amesterdão, a sua terra natal, onde nasceu, viveu e morreu.
Absorvendo uma vez mais a luz vinda do Delft, insurjo-me contra a ingratidão desta minha vida mortal.
Poucas vezes pensei na morte, no entanto, estou certo de que não desprezaria morrer como Vermeer, miseravelmente pobre mas com o rico sentimento de uma ingrata vida eterna.

06 dezembro 2005

Viena (1 a 4 Dezembro)


Aqui (re)conquistei a intimidade daqueles que sempre estiveram perto do meu umbigo. Prosseguirei a cruzada contra o far away so close.

Formentera (Setembro 2005)

Já lá vai algum tempo... mas continuo muralhado na saudade dos bons momentos. Fotografar estes sítios seria dispensável, tal a intensidade das imagens na minha memória.